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Nota de Repúdio

Publicado por Doula Brasil em

Hospital nega realizar parto normal, obrigando gestantes a realizar cesáreas.

Nota de Repúdio

A Associação Doula Brasil e todas as suas extensões expressam veementemente sua indignação e repúdio aos atos praticados pelo Hospital Beneficente Dona Elmíria Silvério Barbosa, localizado no município de Sidrolândia, Mato Grosso do Sul. A reportagem intitulada “Gestante é obrigada à cesárea por falta de hospital que aceite fazer parto normal” revela uma situação alarmante e inaceitável.

O fechamento do Centro de Parto Normal (CPN) “Magdalena Targa do Nascimento”, anunciado pelo hospital a partir de maio de 2023, é uma afronta aos direitos das gestantes e à saúde materno-infantil. O hospital de referência, Hospital Beneficente Dona Elmíria Silvério Barbosa, não cumpriu com a decisão judicial que exigia a contratação de uma equipe formada por obstetra, anestesista, ginecologista e pediatra, para atuar nos casos de emergência com as parturientes e/ou recém-nascidos, sendo um dos motivos para o fechamento e alegação da impossibilidade de contratação da equipe de retaguarda para assumir as cirurgias cesarianas, caso fossem necessárias.

O CPN do Hospital Beneficente Dona Elmíria Silvério Barbosa era um dos poucos centros médicos da região que oferecia atendimento de qualidade para partos normais. A equipe de retaguarda, composta por obstetras, anestesistas, ginecologistas e pediatras, garantia um ambiente seguro e acolhedor para as gestantes. O fechamento desse centro é um retrocesso e coloca em risco a saúde das mães e bebês.

É fundamental lembrar que o parto normal é um processo natural e fisiológico, com inúmeros benefícios para a mãe e o bebê. Além de menor risco de complicações, o parto normal promove o vínculo mãe-bebê, facilita a recuperação pós-parto, favorece a amamentação e reduz os custos. Privar as mulheres dessa opção é uma violação dos seus direitos reprodutivos.

Em nome da saúde pública estadual, de todas as recomendações atuais de assistência à gestação de risco habitual e de assistência ao parto, ao neonato e ao puerpério, tanto da Organização Mundial da Saúde quanto do Ministério da Saúde do Brasil, pautada nas maiores evidências científicas disponíveis, em nome da saúde das mulheres, bebês e famílias sul-mato-grossenses, rechaçamos os atos praticados e publicados indiscriminadamente em redes sociais pelo Hospital Beneficente Dona Elmíria Silvério Barbosa, ao incentivar que pacientes de baixo risco têm indicação para cesáreas eletivas, e exigimos que as autoridades competentes, incluindo a Secretaria Estadual de Saúde e a Prefeitura de Sidrolândia, tomem um posicionamento assim como medidas urgentes  para reverter essa decisão e garantir o acesso das gestantes ao parto normal. A saúde e o bem-estar das mulheres e seus filhos devem ser prioridade em qualquer sistema de saúde.

A Doula Brasil permanece vigilante na defesa dos direitos das gestantes e na luta por um parto digno, respeitoso e seguro para todas as mulheres.

Associação Doula Brasil, e suas extensões.


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