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Relatos de Parto

Publicado por Doula Brasil em

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Relato de parto da Priscila

Posso dizer com toda sinceridade que tive uma gestação bem tranquila. Não tive nada que me colocasse como risco, tive um marido e família extremamente apoiadores e atenciosos. Quanto ao marido, posso dizer que estávamos grávidos juntos, mas eu tinha uma ansiedade fora do comum! Quando encontrei a Natália, eu estava bem perdida e aflita porque, apesar de ter toda rede de apoio, ainda não tinha encontrado uma equipe que compartilhasse do meu desejo: NÃO SER ENGANADA! Até que na primeira roda de conversa que fui, tudo se alinhou: consegui toda a informação necessária e indicação de profissionais que respeitariam minha vontade. Não consigo nem palavras para expressar minha sensação ao sair daquele encontro! Enfim as coisas começaram a fluir! Fui em todas as rodas que foi possível, meditei quase todo dia (não vou negar que dormi em algumas delas, rs), me informei e procurei saber de tudo que ia acontecer comigo (acho que assisti à aula de fisiologia umas 4 vezes e ainda fiz uma burrinha para ter comigo para ficar repassando sempre que necessário).

Até que a 37º semana chegou e com ela o começo dos pródromos que se seguiram por quase 3 semanas. Eu quase surtei: não pela dor, ou por medo, mas por ansiedade de que o parto acontecesse logo. Tentava colocar na minha cabeça o que as afirmações da meditação falava: “meu bebê sabe a hora certa de nascer” e enquanto isso continuava a me informar sobre qualquer possível argumento que talvez usassem pra uma cesárea ou indução desnecessária. Meu tampão começou a sair com 38 semanas, saiu o restante apenas um dia antes do parto, que ocorreu com 40+3. No dia anterior, eu comecei a sentir contrações mais fortes, porém sem ritmo. Na madrugada do dia 28, à 1h:00 da manhã, comecei a sentir de dez em dez minutos. Olhei minha burrinha e vi que ainda era a fase latente, então fiquei tranquila e entre uma contração e outra eu dormia… Consegui dormir até às 6h:00 da manhã, quando as contrações estavam entre seis e cinco minutos de espaço, porém como estavam com mais de um minuto de duração. Liguei pra Natália e a ela me mandou tomar banho quente o máximo que aguentasse, o que era uma faca de dois gumes, porque ao mesmo tempo que relaxava parecia que fazia com que elas viessem mais intensas. Mesmo assim mantive mais afirmações na minha cabeça: “cada contração é como uma onda que traz meu bebê pra mais próximo de mim”, “meu corpo sabe parir”, “estou preparada para ter um parto suave e gentil”. Isso fez com que eu não me desesperasse nos intervalos e pude até hidratar meu cabelo no meio do banho! Fiquei no banho até às 7h:00 da manhã, tentei tomar café da manhã, mas veio uma contração que me fez vomitar. As contrações só aumentando em intensidade e frequência, e parecia que não tinha posição no mundo que me confortasse. Eu acho que a Natália, Karina e Celma chegaram por volta de 8h:30, mas dai as contrações ficando mais fortes. Nathy me massageando de um lado, marido confortando do outro e logo me deu vontade de fazer força. Por volta de 09h:20, começaram os movimentos, PARTIU MATERNIDADE! Pensei, de verdade, que fosse ter o bebê no carro, mas como já estava na famosa partolândia, as únicas lembranças que tenho é da Karina maravilhosa falando “relaxa! Manda oxigênio pro seu bebê”, dai eu respirava e aguentava a vontade de fazer força. Chegando na maternidade, me ofereceram analgesia, só que como ainda não tinha feito toque e tinha medo de não ter dilatado nada, não aceitei, pois sabia como podia atrasar o trabalho de parto. Fizemos o toque e dilatação total! Nessa hora, a bolsa rompeu e foi aquele auê… Descemos pra sala de parto e eu fiquei com medo do expulsivo (nem me toquei que já estava nele tinha um tempo). Pedi analgesia e a médica disse: Não dá tempo, sente aqui a cabeça do seu bebê! Não me lembro quantos puxos foram, só sei que dei entrada na maternidade às 10h:07 e às 10h:52 meu bebê nasceu! Veio direto para o meu braço! Papai cortou o cordão após parar de pulsar e passamos toda a primeira hora juntinhos, com todo respeito à golden hour. Tive laceração de primeiro grau, baby com apgar 9/10, com plantonista porque não deu tempo do meu médico chegar; mas tudo bem, pois o parto era meu e do meu bebê e nós sabíamos exatamente o que fazer! Só posso dizer que nunca imaginei que teria um parto tão perfeito assim! Só gratidão!

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Relato de parto da Eliete

Em uma bela sexta feira (15/02/2019), durante o dia, comecei a sentir leves pressões na barriga, como se algo a pressionasse para baixo, mas não passou disso. Como eu não sabia que já era a Estela avisando que queria chegar, continuei o meu dia normalmente rsrsrs, trabalhei, depois fui com meu esposo jantar. No restaurante, me veio uma dose de emoções. Comecei a ficar angustiada e não sabia do que se tratava. Agilizei a volta para casa e na estrada comecei a chorar. Ao chegar em casa, arrumei várias coisas, já estava mais calma, então fomos namorar rsrsrs, pois minha doula querida disse que ajudava no trabalho de parto e ela tinha razão!Por volta de 1h:00 da manhã, fomos assistir TV, eu cansada peguei no sono, porém às 3h:00 da manhã (16/02/19), surgiu um sangramento. Super tranquila, tomei banho e fui para a Maternidade Brasília. Quando entrei na porta, tive certeza que já sairia de lá com a minha doce Estela, mesmo vários médicos falando que ela não iria nascer naquela semana.

Passei o dia em observação com sangramento, mas não sentia dor. Naquele momento aproveitei para descansar porque precisaria de energia mais tarde! Em todos os exames, eu e a Estela estávamos ótimas. Nesse período a Nathália (doula e amiga) foi essencial, estava em contato com meu esposo, que estava me acompanhando.

Por volta das 17h:20, comecei a sentir leves cólicas. Fui trabalhando a respiração, conforme orientada pela Nathália nas visitas que ela tinha feito à minha casa. Nesse período meu esposo estava dormindo e eu trabalhando e me conectando com a Estela. Ele acordou por volta das 19h:00 e ligou para a Nathália. Nesse momento as contrações foram aumentando.

Nathália chegou na maternidade por volta das 23h:00. Quando ela chegou no quarto, me senti muito segura e sabia que com a ajuda dela eu iria dar conta do parto normal, pois tinha me preparado e fui muito bem orientada por ela. À medida que meu corpo trabalhava, passava um filme na minha cabeça das orientações da Nathália, isso facilitou muito. Cada contração para mim era uma alegria, pois assim eu sabia que estava mais perto da Estela nascer. Em momento algum pensei em cesárea ou anestesia, mas estava aberta se fossem necessárias. A saúde e segurança naquele momento é o que importava. Trabalhei na minha mente que a opção dela nascer era de parto normal. Tive um grande incentivo, pois na minha família a maioria das mulheres fazerem parto normal, só a minha mãe teve 6 rsrsrs.

Às 2h da manhã estava com 10 centímetro de dilatação. A médica maravilhosa me enviou para sala de parto humanizado e às 02:17h a Estela nasceu. Em 4 contrações ela veio, lembrando que coloquei força em 3 contrações. O ideal é não colocar força, mas na hora o meu corpo pediu e eu obedeci. Naquele momento a maternidade estava muito tranquila. Eu terminei de parir e me senti muito forte, mas além da força superior que acredito que recebi, teve os exercício maravilhosos da Nathália, a energia boa, a delicadeza e a mão santa dela fez toda diferença.

Que eu teria parto normal sempre tive certeza, mas que seria tranquilo e lindo só tive certeza depois que conheci a Nathália! Não pretendo engravidar novamente, mas se isso acontecer, Nathália já faz parte do enxoval!

O meu parto foi melhor do que eu imaginei, meu esposo que era medroso foi incentivado pela doula a participar e ele amou. A ligação que ele tem com a Estela tem muita relação pelo fato dele ter participado e ajudado no parto. Hoje sou grata especialmente ao Rafael meu esposo e a Nathália por estarem ao meu lado naquele momento de muitas emoções, e toda minha família que rezou muito para que tudo desse certo.

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Relato de parto da Shari

Meu parto foi demais e da forma como desejei!!  Naquela madrugada do dia 24 de julho, eu comecei a sentir umas leves cólicas. Foi quando pensei, já deitada, que poderia ser no dia seguinte, pois estava cansada. Tinha passado o dia cuidando da minha mais velha (Noah de 3 anos)…mas Enzo queria vir naquele dia e pronto!! Às 1:30h da manhã, notei as leves cólicas indo e vindo…já sabia o que me aguardava. Então resolvi levantar da cama, foi quando muita água começou a descer pelas minhas pernas (a bolsa estourou)… Era como eu via nos filmes! Esperei mais alguns minutos e então mandei mensagem para o grupo de parto que eu havia criado no whatsapp dias antes. A primeira a me responder foi a minha doula Nathy  (confesso que tinha medo de parir de madrugada por não saber se a equipe ia acordar a tempo de vir aqui para casa), mas a equipe da Mel está sempre à postos!  Nathy foi me orientando e logo depois ela e Mel (minha enfermeira obstetra maravilhosa) e sua equipe ja estavam a caminho de casa. Eu avisei meu marido me tremendo toda, isso porque eu sabia que eu estava cheia de adrenalina misturada a ansiedade. Ele então levantou e já começou a encher a banheira de água. Me arrumei, sentei no sofá e tomei um tiquinho de vinho do porto para me ajudar a relaxar , como já era meu segundo filho, já sabia o que vinha pela frente! Todos em casa já à postos, Nathy me acalmando e me acompanhando, senti mais líquido descer. Fui ao banheiro para trocar o absorvente e vi que estava encharcado com líquido verde (mecônio). Mas como os batimentos estavam lindos, não me preocupei. Mel logo depois fez o toque e me mandou para o chuveiro para acelerar o TP. Já eram mais de 3h da manhã. Fiquei uns 40 min no chuveiro e as contrações foram ficando cada vez mais fortes e doloridas!! Até aquele momento estava bem tranquilo. Quando eram umas 4h da amanhã eu saí do chuveiro porque já estava cansada e sentia minha pressão abaixar. Fui para sala me sentar e então as contrações começaram a vir bem fortes mesmo e quase sem intervalo. Me dei conta que estava em TP ativo!!! Fase mais dolorida, mas também mais próxima ao nascimento… As meninas maravilhosas ao meu redor e meu marido me davam mais força!! Dessa vez só lembro de flashes (estava realmente na partolândia), sentia tanto cansaço!! Mel pediu ao meu marido para me dar mel e foi momentos depois que senti o primeiro puxo (força de expulsão). Fui para a piscina e em poucos minutos meu baby lindo veio para meus braços. Foi demais    minha sensação de alívio da dor e da alegria de ter aconchegado meu filho nos braços era impagável! Fui tão abençoada, eu pensava! Foi da forma como rezei pedindo a Deus! Um lindo evento do qual fazemos parte!! Da minha primeira filha foram 6h no total até ela nascer e do Enzo foram 40min de TP ativo. Ele nasceu as 4:57h da manhã!! Perfeito e apaixonante! Lembro de tirar ele da água e nem chorar direito de tanta paz que estávamos!! Acho que ele nem sabia que tinha nascido na hora, aquela água morninha, colinho de mãe! Me sentei novamente no sofá e o coloquei no peito ainda ligado ao cordão, ficamos longos minutos assim grudados!!! Até que o cordão parou de pulsar e meu marido cortou. Foi mágico!! Meu menino veio forte, na água, com apgar 10 e maravilhosoooo!!! Tudo que pedi a Deus!  Aquela equipe perfeita e meu marido, me dando força e segurança deixando o ambiente propício para a natureza agir foi fundamental. Deixei correr, em momento algum me senti insegura ou com medo! Sabia que se tivesse algo errado elas seriam as primeiras a me orientar!!  Foi lindo como o nascimento da minha primeira filha! Maravilhoso, forte e rápido!!

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Relato de parto da Rafaela

“Longe de mim querer romantizar vias de parto mas, posso falar da minha escolha: escolhi parto normal humanizado para conhecer o amor da minha vida. Assim que decidi por essa via, comecei a me informar e foi aí que conheci a Nathália, aí que encontrei meu Deus.  Foram-se longas semanas de trocas de carinho, conhecimentos, compartilhamos encontros, rodas de gestantes, enfim… Nathy se tornou peça fundamental para nós!

Numa segunda, mandei uma mensagem para ela falando que estava sentindo dores. Ainda estava nos pródomos, quer dizer, ainda não estava em trabalho de parto de fato, mas a Nathy já começou na assistência. Ela foi até minha casa montou, um cenário lindo com luzes, cheiros, meditações, com todo respeito. Esperamos a evolução chegando ao hospital com 8 centímetros. Daí para frente coloquei alguns dos ensinamentos que aprendi, me empoderei! Yasmim nasceu de parto normal, sem intervenção, sem agressão obstetra, nasceu na sala de pré-parto no tempo dela! A equipe médica chegou depois que ela fez rotação da cabeça, não tive laceração pela posição que escolhi. O parto foi assistido pelo papai, a vovó que ainda está em choque (rs), Doulas e a fotógrafa mais linda e humanizada da vida, que também foi essencial no processo pré e parto. 

Yasmim chegou trazendo muita luz para nossas vidas, trouxe a equipe médica até ela porque ela não é obrigada a nada, teve a 1 hora de ouro respeitada, ficou com mamãe o tempo todo! Eu torço para que todas futuras mamães tenham uma doula, porque essa troca não tem preço. Eterna gratidão quando uma mulher descobre a força que tem nada a detém.”

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Relato de parto da Thawana

“Estou aqui apenas pra agradecer. Agradecer em primeiro lugar a Deus, que foi quem orquestrou tudo, que enfiou na minha cabeça que após 2 cesarianas mal indicadas, eu teria meu tão sonhado parto normal. Ele quis que eu me planejasse, quis que eu me preparasse, então eu fiz tudo isso, desde que fiquei sabendo que estava grávida, eu estudei, li, fui a encontros, rodas, li mais, procurei mais, e mais e mais… Conheci a Nathalia, e resolvi que ela era a pessoa certa pra fazer todo esse acompanhamento. Acertei!

Não vou me prolongar pela gestação toda, porque quem me conhece bem sabe tudo que eu fiz: fisio, consulta de pré-natal em dia, consulta com doula, etc etc etc. Mas esse não é o foco do relato.

Ok. Segundo lugar é agradecer meu marido, porque ele embarcou 300% nessa idéia de parto normal comigo. Botei ele para ver vídeos de partos, ler assuntos sobre alívios de dor não medicamentoso, fisiologia de parto e quase virar melhor amigo da Nathália kkkkkkk.

E então na sexta feira, 18/10, engrenou o trabalho de parto, aquelas contrações doloridas, e ritmadas por volta de 3h da manhã. Às 8h liguei pra Nathália e ela veio pra minha casa junto com a Thalita linda, maravilhosa e também doula! Ligamos uma meditação, e eu fui pro meu trono kkkkk (acho que das 12h de TP, 10hra delas foram sentadas na privada da minha casa! Que posiçao confortável!). Ali eu fui me conectando com o parto e com a chegado. Vomitei bastante… e foi ali tambem que meu marido sentiu a própria filha dentro da minha barriga (sim, ele fez um toque em mim). Eu ganhei tantos abraços, palavras de incentivo, de amor, massagens… Sabe quando você tem certeza que fez a escolha certa? Então, foi assim! E então seguimos, tive algumas intercorrências que poderia ter evitado, porque 2 dias antes eu ja havia entrado em pródromos e fiz TUDO o que não deveria… Fiz agachamentos, caminhadas, cuidei da casa normalmente, fui arrumar a mala que ja havia começado e ainda não tinha terminado. Quero deixar claro que desde o começo minha doula sempre me disse que quando identificasse os pródromos deveria descansar e dormir, não fazer absolutamente nada (além de relações sexuais), porque eu deveria guardar energia para o expulsivo, mas eu sou quem né? A menina super poderosa!!!     

Tá bom. Deixa essa parte pra lá! Enfim, quando cheguei a 8 cm de dilatação, conversamos com a médica que estava de plantão aquele dia, que por sinal, tenho que fazer um outro parenteses aqui e agradecer toda a equipe de enfermagem do HRAN que desde a hora que cheguei, sabendo-se tratar de um VBA2C (parto vaginal após duas cesáreas) me tratou com muito respeito. Eu utilizei de um serviço público incrível, humanizado, tinha tudo pra promover um parto do jeito que sonhei, tomei florais, e fiz aromaterapia. Vocês imaginam isso no SUS? Pois eu tive, (Deus né, meus queridos).

Mas a verdade é que meu corpo simplesmente foi parando ao longo dessas 12hs, vomitei muito (como já disse) e isso me enfraqueceu. Quando precisei de forças para os finalmentes meu corpo falhou, dei uma leve desmaiadinha… Se nao tivesse um drama não seria eu… Me colocaram um sorinho glicosado pra dar um up e assim cheguei aos 9 cm de dilatação.

Eu fiz tudo para o parto normal? Sim!!! Mas no final, infelizmente não consegui seguir em frente ao meu desejo de ter um parto normal por exaustão.

Então, amigos, eu tive uma cesárea intra parto respeitosa e linda!! Fui apoiada em cada decisão, tive os olhos e os cuidados da Nathália por to[do o período, e se não fosse ela, eu teria desistido nas primeiras 4 horas, é TENSO BRASIL!!!!! Ela falou comigo com os olhos a todo momento, me deu a mão e me carregou por essa jornada. Muito obrigada,a todos que me ligaram, mandaram mensagem, isso é o mais importante pra mim nesse momento: não ser julgada.

Pois nós fizemos tudo, demos o coração e alma, respeitamos cada momento, então as vezes as pessoas acham que é fácil, que faltava pouco. Mas esse pouco para todos que estavam ali, era muito.

E merecemos todo acolhimento também… independente da via de parto, afinal ela teve as descargas de ocitocina, chegou a descer pelo canal, ela so não passou pela vagina… mas todo resto foi respeitado.

Tenham amor ao fazer comentários para esta puérpera.”

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Relato de parto da Adriana

“Meu bebê nasceu dia 5 de outubro de 2019, depois de 48h de trabalho de parto intenso e doloroso. Pra isso acontecer, cheguei no hospital com 10 cm de dilatação e, ainda assim, tive que “exigir” um parto vaginal, porque mesmo com dilatação total, me disseram que minha única opção seria uma cesareana. Sabe, eu não culpo os médicos por essa ignorância, culpo a medicina mesmo. Mas isso tornou minhas últimas horas de trabalho de parto mais difíceis, sem necessidade. A parte boa é que o Natan veio ao mundo pela via ideal, e sou muito grata a cada pessoa que contribuiu pra isso!

Agora sim, vou começar do começo.

Tenho 35 anos de idade, e, tendo começado a carreira de mãe aos 21, acabo de ganhar meu oitavo presente dos céus. 5 deles vieram ao mundo via cesareana, e dois deles Deus levou pra si ainda no início das gestações. Depois dessas perdas, decidi dar melhor atenção à minha saúde e percebi que, curiosamente, a medicina moderna teria pouco ou nada para acrescentar nesse sentido. Assim, me interessei mais e mais pela naturopatia, fitoterapia, homeopatia… e fui vendo os resultados mais rápido do que eu esperava. Foi assim que engravidei do Natan! Cheia de saúde e disposição. O psicológico demorou pra entrar nos eixos, confesso, porque meu marido havia se submetido a uma vasectomia e já não esperávamos um novo bebê. Mas no corpo, essa foi sem dúvida alguma a melhor experiência de gestação. Quando eu soube da gravidez, eu já sabia que seria uma nova cesareana, então fui fazer o pré natal sem qualquer pretensão. Mas na consulta, arrisquei perguntar… a resposta me surpreendeu: pagando 6 mil eu poderia “tentar” um parto normal. Bem… então não era impossível do ponto de vista médico! Mas fui alertada: chance de mais de 80% de rompimento uterino, com risco de morte materna e fetal. É claro que o ânimo inicial caiu pra zero depois dessa estatística fatalista. Mas algo me motivou a pesquisar melhor, procurar experiências reais, saber das estatísticas baseadas nos fatos e não nas teorias. Rapidamente passei a conhecer inúmeros casos de VBACs de sucesso. Encontrei artigos, um deles canadense, afirmando que não existe diferença entre 1 ou várias cesáreas anteriores. Se o útero tiver que se romper, vai se romper com qualquer número de cesáreas. Se for forte, não se rompe. Então eu quis saber quantas rupturas uterinas acontecem, pra tentar determinar o meu risco real (e não o risco imaginário das teorias), e fiquei positivamente surpresa.

O que vi foi que uma mulher corre mais risco de colidir o veículo do que de sofrer uma ruptura uterina em um VBAC. Isso significava, pra mim,  que eu era tão livre para ter o meu VBAC, quanto era livre para sair dirigindo todos os dias! Foi então que decidi compartilhar com meu marido tudo o que vinha lendo. Ele me ofereceu total apoio quando expliquei as vantagens do parto vaginal para o bebê, e mostrei pra ele que as chances de dar errado eram muito pequenas. O primeiro passo que demos como casal foi orar a respeito, e confiar em Deus. O segundo foi procurar uma Doula, e é nesse ponto que eu posso afirmar que demos os dois melhores primeiros passos que um casal poderia dar. Fiz o pré natal em uma clínica dentro do hospital e fui muito bem acolhida, mas sabendo o que provavelmente aconteceria se eu tivesse confiado o início do meu trabalho de parto à clínica ou ao hospital: teria sido uma sexta cesareana. Quando a hora finalmente chegou, entrei em contato com a doula, que foi me acompanhando à distância até se certificar que as contrações evoluiriam para um trabalho de parto ativo. Preciso mencionar que foi a equipe do Doula Brasíl que me atendeu, porque devo à doula Nathália Becker minha gratidão. Primeiro veio a Thalita, enquanto a Nathalia atendia outro parto, depois a Nathalia veio e ficaram as duas comigo. Por diversas vezes eu acreditei que havia chegado no meu limite, mas a doula aumentou minha confiança. Eu me deitei em uma cama de casal e pedi pra ela se deitar do meu lado, porque já havia muitas horas que estávamos ali, e já entrava a noite. Ela ficou ali na cama do meu lado monitorando cada contração e procurando manter os sons e as luzes do ambiente propícias para a ocasião. Quando ela soube que eu estava com a dilatação necessária, finalmente fomos ao hospital. Para que eu fosse encaminhada para um parto normal, meu marido e eu tivemos que insistir, implorar, exigir, negociar – tudo isso enquanto eu sentia as dores mais intensas possíveis. Eu tive dificuldade de acreditar que toda aquela parcimônia dos médicos acontecia bem na minha frente enquanto parecia que as contrações iam me partir em pedaços! Já na sala de parto, tudo se encaminhou e fui anestesiada às 3h30 da manhã, aproximadamente, mas mesmo com 10 cm de dilatação e a bolsa tendo rompido durante um toque, por volta de 4h30, o bebê não “coroou”. A anestesia passou e eu perdi a força, já não suportava mais. Meu marido finalmente chegou no meu ouvido e disse: você tentou. Você chegou longe. Mas não podemos mais continuar dessa maneira.

Me deixei levar para a sala de cesareana, quando apareceu uma médica, a dra. Sônia. Ela deu uma olhada e disse, “mas o bebê já está querendo nascer! Vamos deixar essa criança nascer!” Aquilo foi como água fresca no deserto. Como posso agradecer a Deus pela vida dessa mulher? Ela então me explicou que uma nova anestesia poderia ser fatal para o bebê, e que uma cesareana naquela altura também não era bom. Pra ela, a melhor saída seria fazer força e colocar o bebê pra fora! Oba! Era tudo o que eu queria! Ela fez uma oração ali na minha frente, pedindo que em nome de Jesus o bebê saísse por via vaginal. Amém, que assim fosse! Então fiz força como nunca na vida, e o Natan pulou pra fora depois de 5 ou 6 contrações. Infelizmente, apesar da orientação da doula, eu permiti uma episiotomia, mas foi por medo de não conseguir fazer força suficiente. Medo da tal ruptura… Hoje, exatamente uma semana depois, estou usufruindo da saúde de não ter sido cortada na barriga, de não ter feito outra cirurgia pra realizar o que o corpo da mulher já está pronto pra fazer. Tenho certeza que o bebê também já está se beneficiando disso. A via de parto já foi talhada por Deus, pra que abrir outra? Foi o que eu disse pra mim mesma tantas vezes no final dessa gestação. E valeu a pena.”

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Relato de parto da Deilde

“Desde minha adolescência sonhava em ser mãe sem ao menos saber o que era ser um ser humano, mas ainda bem que o tempo passa e pude entender o que poderia ser botar alguém nesse mundo, então o meu sonho passou a ser: ter filhos, e sentir de fato como seria todo aquele ritual de parir…

Bom, com 33 anos Deus viu por bem me dá um filho, . Fiquei meio perplexa, mas logo botei meus pés no chão e tentar me preparar pro que estava por vir, não sabia muito sobre esse momento “mágico” que é parir. Na minha cabeça era só um fato, mas descobrir que poderia ser o maior evento da minha vida, só dependia de mim, então fui eu pesquisar, ler tudo a respeito, conversar com outras mães, e mergulhei de vez naquilo que eu realmente queria. Nunca na minha vida tinha ouvido falar sobre doulas, mas em um vídeo que vi em todo esse processo, ouvi, e meus ouvidos saltaram. Logo tratei de saber mais sobre o que seria, e qual seria seu papel nesse processo. Passei maior perrengue até o marido aceitar a idéia, passei por cima e fui atrás de uma. Decisão acertadíssima! Encontrei entre algumas a Nathália, anjo que Deus me enviou, nos conhecemos tivemos encontros…. foi imprescindível! Bom, depois de muita pressão médica, de amigos e parentes para fazer logo uma cesária, ou indução (porque já estava passando da hora), eu estava certa do que eu queria, estava tranquila, e nada a minha volta me fez acreditar que deveria me submeter a intervenção alguma. Estava conectada comigo e com meu corpo, acho que nunca estive tanto quanto nesse momento. Foi um baile pra sair do hospital na minha última consulta, pois o bebê tava grande demais, minha placenta tava velha… Mas sabia que isso tudo era balela, assinei o termo de responsabilidade e fui pra casa aliviada. Enfim, com 41 semanas e 3 dias meu, Benjamim estava pronto para chegar… Acordei as 3:00 da manhã, já estava entrando nos pródromos, a ansiedade bateu forte, mas me mantive tranquila. Às 6hrs da manhã liguei pra Nathy (Doula), nesse momento me lembrei de tudo aquilo que estudamos, isso me deixou muito mais tranquila, os pródromos duraram o dia todo. Às 17:30, a Nathy chegou, segui todas as suas orientações, conversamos, chupamos cana (kkkkk) e então, por volta das 18:00hs entrei na fase ativa do trabalho de parto… Nesse momento eu não pensava no que poderia vir, apenas vivi, cada contração, confiei plenamente em meu corpo, pois sabia que aquele momento Deus tinha preparado tudo, e estava bem ali, foi um momento tão meu, tão lindo, e estava ali apenas as pessoas necessárias, e Deus foi lindo em me permitir isso. Bom, por volta das 21:30 a Nathália viu que já era o momento de irmos pra maternidade e lá fomos nós, chegando lá as 21:58, fui examinada, dilatação total … Ufaa… Era chegado o momento. Rapidamente me preparam, sala de parto, pedi pra diminuírem a luz,

1, 2, 3, forças e eu estava com meu Benjamim as 22:18, inundada de uma alegria indescritível. Logo ele nasceu, o peguei em meus braços, ficamos juntos abraçadinhos, trocando olhares e cheirinhos, a pediatra o pegou praa pesar e disse pra ele ficar no bercinho aquecido pra não sofrer uma hipotermia  que preguiça! Então pedi a ela pra me dar ele, ela não relutou muito e então ficamos grudadinhos por mais de 2 horas. Logo após o parto, ainda estava forte e atenta aos acontecimentos, pedi a médica que não clampeasse o cordão umbilical antes de parar de pulsar, ela me olhou e disse: ‘estou segurando pro sangue não voltar pra placenta’. Quase dei uma risada, ela esperou parar então minha irmã nos separou, pedi que ela (médica) não puxasse a placenta, fui respeitada – ela só a retirou quando a mesma já estava totalmente solta. Não teve episiotomia, apenas laceração, não teve sorinho, nada… afinal foram 20 minutos ali e meu bebê nasceu. Teve lágrima, teve vômito, teve grito, mas teve PAZ. Fiquei em casa até os 45 do segundo tempo, aquecida, livre, com minhas músicas, com massagens, pouca luz e minhas contrações. 

Obs.: Os gritos me atormentaram por dias no puerpério, me achava fraca por esse episódio. Até eu entender, que não foram gritos de fraqueza, foram gritos de vitória! Vitória por ter ido com maestria onde ninguém poderia ir por mim, e pego aquilo que de fato seria meu naquele momento, meu maior sonho, minha maior bênção!  Resumindo, foi doloroso, mas não houve sofrimento, pelo apoio, carinho, e ensinamentos que tive.

E por fim, a gente é MULHER, a gente é FORTE a gente CONSEGUE.”

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Relato de parto da Jeane

“ ‘Mais uma contração. Aguenta as pontas aí’. Olhei para Nathalia, minha doula, e perguntei “vale a pena mesmo?” Ela olhou pra mim, confiante, e disse “Vale sim!!!  Depois de passar por isso você vai sentir que é capaz de tudo!”. Eu sempre sonhei com um parto normal. Mesmo tendo consciência de que seria algo que eu não tinha dimensão, e que eu não devia romantizá-lo, para não ficar arrasada caso não fosse possível, ainda era um dos maiores desejos da minha vida. O sonho chegou e… Ah, aquelas contrações…! Quando vinha a dor eu só conseguia pensar “eu entendo por que as mulheres escolhem cesárea!”. Como dói!!! Mas eu estava ali, passando por aquele processo que eu tanto quis, tanto lutei, deixando a família quase louca, e sendo vista como doida pelos médicos, esperando meu trabalho de parto mesmo após as 41 semanas. Era uma sexta 41s+2d, já vinha sentindo pródomos, contrações de treinamento, mas nada do negócio engrenar. Fui ao PS da maternidade para monitorar o bebê, e mesmo com tudo perfeito, a indicação de todos os médicos era que eu me internasse para induzir o trabalho de parto; um deles inclusive me avisou que se eu chegasse ali com 42 semanas, eu sequer teria a possibilidade de indução, pois o protocolo era cesárea. Fui para casa com o coração apertadinho… me senti numa corrida contra o tempo. Desabafei com minha doula e ela me ouviu e me acalmou, disse para eu descansar. Me deitei e pedi a Deus que Ele fizesse meu bebê nascer. Enquanto orava e tentava me acalmar, a bolsa estourou!!! Que susto, mas que alegria! Obrigada, Senhor! As contrações engrenaram, fomos monitorando e passando tudo pra Nathalia, e depois de algumas horas ela chegou. É tão bom ter perto alguém que entende e sabe o que está acontecendo… Apesar das dores, foi reconfortante sua chegada. Com umas 8h após a bolsa ter rompido, acompanhada também pela enfermeira em casa, fomos para o hospital com dilatação total. Esse processo de sair de casa e ir para outro ambiente deu uma atrasada no trabalho de parto, e quando cheguei lá meu bebê ainda demorou quase 1h30 para nascer. As contrações ficaram menos duradouras e comecei a perceber que a equipe médica estava ficando preocupada, mas com muita força, deu certo! Em todo o tempo meu marido e minha doula ali do lado. Meu esposo só conseguia focar em mim, Nathalia conseguia fazer a intermediação com a equipe do hospital: eu estava com frio, cuidaram para melhorar a temperatura; quando me ofereciam ou sugeriam algo, eu olhava para ela em busca da sua opinião; depois que Pedro nasceu, queriam deixá-lo no bercinho aquecido, Nathalia insistiu com a técnica para que ele viesse para o meu colo, e nos ajudou na primeira mamada. Graças a Deus, apesar de lacerações, estávamos todos bem. E, ela estava certa.. quando finalmente Pedro saiu e eu o tive ali nos meus braços, já com as dores parecendo tão distantes, pude ver que tudo valeu a pena”.

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