Ser Mãe de Meninas…

A maternidade me trouxe o sentimento de viver uma das experiências mais maravilhosas da minha vida. As minhas filhas nasceram e com elas divido esse sentimento primitivo de PODER que vem do gerar, parir e vê-las crescer como partes de mim. Mas certa de que elas não vieram ao mundo para preencher minhas lacunas existenciais. Elas terão sonhos e trilharão caminhos que não são os meus. Ainda que eu empreste a elas o meu jeito de enxergar o mundo e viver a vida.

Eu me desespero muitas vezes, e, como tantas outras mães, preciso abrir mão de estar sempre no controle. Na verdade, mães estão sempre abrindo mão de alguma coisa, das noites tranquilas de sono, do emprego perfeito, da liberdade, do café com as amigas, da cerveja de fins de semanas, do corpo perfeito, das viagens, dos momentos exclusivamente a dois. Mas não abro mão da ternura no olhar, seja mamando na mamadeira ou no peito. Não abro mão do vínculo, da cumplicidade, do abraço e de emprestar o meu colo quando nem tudo der certo para as minhas filhas.
Escutei muitas vezes que ser mulher é difícil. Ser mãe de meninas é difícil. O que não é uma mentira. Mas sigo orgulhosa pela filha amorosa e a mulher engajada que Arianne se transformou. Ela tem lutado por um mundo melhor para a sua irmã Maria Flor. E através dela tenho certeza de que nós mulheres somos a mudança de que o mundo precisa. Por essa e tantas outras razões, EU AMO SER MULHER E MÃE DE MENINAS!
Engravidar, carregar e ter sentido minhas filhas crescerem no meu ventre me deu a maior compreensão do poder de ser mulher e da grandiosidade imensurável de ser mãe. Embora, contraditoriamente, já tenham reclamado do difícil papel da maternidade, nunca me arrependi de ser mãe. Dezoito anos depois da minha primogênita, chegou a Maria, que de tão flor, refloriu e ressignificou o sentimento de amor que sinto em ser mãe. E segurando as mãos de minhas filhas, repito de olhos fechados e coração aberto: EU AMO SER MÃE!

Eiene Ueji- Mãe e Doula

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